quarta-feira, 7 de julho de 2010

Meu corpo em flor se insinua




Meu corpo em flor se insinua

vestido florido, cabelos ao vento

não uso da esquina ao relento

minha vitrine é outra... balcão


Encostada a ele perfumo cada mão

que docemente toca minha cintura

e quando encontro alguma segura

verifico se paga pelo meu bouquet


Porque sou flor que se despetala

pétala por pétala, com toda beleza

vou deixando perfumes por onde passo

vida curta, bela, doce aspereza

Mas como fruto de amor transgênico

minhas sementes são de incerteza.

domingo, 4 de julho de 2010