
Meu corpo em flor se insinua
vestido florido, cabelos ao vento
não uso da esquina ao relento
minha vitrine é outra... balcão
Encostada a ele perfumo cada mão
que docemente toca minha cintura
e quando encontro alguma segura
verifico se paga pelo meu bouquet
Porque sou flor que se despetala
pétala por pétala, com toda beleza
vou deixando perfumes por onde passo
vida curta, bela, doce aspereza
Mas como fruto de amor transgênico
minhas sementes são de incerteza.