Marginal é o que sou.
Sempre às margens da sociedade
embora viva, ao acaso, no Centro
- com aquelas ruas velhas e sujas
de calçadas enegrecidas
embora as pedras sejam brancas
brancas? sejam? ERAM.
Esses prédios antigos não combinam
com o sarcasmo do meu sorriso
nem com a blusa rosa de que tanto gosto
e também não me fazem bem
se bem que gosto das janelas antigas
elas me olham, enquanto eu as vejo.
Esses fantasmas esquecidos
que peregrinam nas vielas
choram nas esquinas e reclamam nos bancos
já não dizem nada só falam
como eu, que já nem sei se devo falar
Fantasmas? Talvez eu seja um deles.
Eu sou marginal, periférica
no sentido mais puro das palavras
talvez eu já faça parte da paisagem
com minhas pernas longas e bronzeadas
meu sorriso irônico e debochado
minha natureza morta, fantasmagórica
marginal, periférica...
domingo, 27 de junho de 2010
Marginal
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Sobrevivência
terça-feira, 1 de junho de 2010
Como
Como água desaguo em seu corpo
molho suas juntas
seus pêlos, seus músculos
deliramos juntos, em prazer
Como fogo, queimam as nossas peles,
face a face, mão a mão
corpo a corpo, olho no olho
como fogo te incendeio
Como gelo te arrepio a costela
e a nuca, nos apelos dos desejos
tudo arrepiado, duro, denso...
Como pedra desliza pelo meu corpo
E como, como, como como ao prato
que após satisfazer o desejo
limpo com o dedo e a língua
e lavo e seco e guardo como prêmio
Ahhh... sou como a fome que devora
de dentro pra fora e como dói...
E você é alimento feijão com arroz
que como todo dia e quero mais...
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