terça-feira, 4 de maio de 2010

Meu pranto...


Enquanto algumas se esmeram
Em gozar sem fazer barulho
Aprendi a arte do choro
Cujas lágrimas não têm som

Meu pranto jamais é ouvido
Não tem eco, nem melodia
São só estrelas passadas
Colhidas no meu olhar

Saem no silêncio das horas
Envoltas em sexo sem amor
Regam a tez branca e viçosa
Fluem nessa face de frescor

Aprendi sozinha a arte do choro
Mas há lágrimas silentes?
Todo aposento que penetro é oco
Pois não há som no vácuo, nem canção.

Um comentário:

  1. Lindo texto, a profundidade da dor de um choro interno é grande, entendida por poucos maduros e sensíveis para tal tarefa de interpretar essas sensações dolorosas tão enraizadas.

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