Enquanto algumas se esmeram
Em gozar sem fazer barulho
Aprendi a arte do choro
Cujas lágrimas não têm som
Meu pranto jamais é ouvido
Não tem eco, nem melodia
São só estrelas passadas
Colhidas no meu olhar
Saem no silêncio das horas
Envoltas em sexo sem amor
Regam a tez branca e viçosa
Fluem nessa face de frescor
Aprendi sozinha a arte do choro
Mas há lágrimas silentes?
Todo aposento que penetro é oco
Pois não há som no vácuo, nem canção.
Lindo texto, a profundidade da dor de um choro interno é grande, entendida por poucos maduros e sensíveis para tal tarefa de interpretar essas sensações dolorosas tão enraizadas.
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