domingo, 3 de outubro de 2010

A vida... o destino


Aqueles cabelos loiros e encharcados
Que lhe descem as costas, sem simetria,
Com claras madeixas - seu perfil desenhado -
Fios que apontam para os seios em maestria

Ahhh! Benditas setas que apontam o fado
O despontar dos montes de pico rosado
Formando um rio com a chuva que a pegou
Um doce rio de margens limpas, mas rio gelado.

Eu queria tanto aquecê-la deste frio
Que percorre o corpo lhe arrepiando a pele
Mas seu corpo, embora não arredio
Meu doce e feminino hálito repele
Eu sou paciente, e do destino rio
Rio desse desejo todo que me impele.

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